sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dias de Paz

Aqueles dias desbotados de outono passaram enfim, toda a paisagem a minha volta que parecia ser desbotada como tv antiga, em tons escuros de cinza, agora ganharam um novo tom, minha paisagem agora ganhou pinceladas de cores vivas e brilhantes!

Se desacreditar que se possa achar felicidade em outra pessoa fosse bom, se fizesse bem, eu teria sido feliz, por muito tempo. Me fechei completamente para ser feliz de verdade, de corpo e alma, procurava não olhar nos olhos quando conversava, nem ser muito delicada, sempre com um pé atrás, pronta pra correr caso um sorriso me lançassem para que eu retribuísse, sempre grossa, armada, protegida em meu casulo anti sorrisos e carinhos, com minha mascara para afastar toda e qualquer pessoa feliz de mais, e isso me fez cada vez mais triste, sozinha, acreditei que eu não precisava de ninguém para sorrir pro mundo, nem que precisasse de alguem para me proteger, para dar carinho, até que alguém um tanto intrigante cruza meu caminho, atravessa minha selva de pedras, me tira da minha conformidade de tristeza permanente e brutalmente impenetrável, como um cavaleiro ele invade meu castelo e me salva dos meus dias ruins, me tira das trevas, com toda a sua delicadeza de me derrubar na piscina e me cobrar pedágios idiotas, me faz sorrir com seu jeito diferente, dos tipos comuns que vejo por ai, tão sedutores e cheios de nada no coração, com tão pouca alma nas expressões e atos, meu príncipe salvador, é cheio de calor nas palavras, de um brilho intenso nos olhos, de alma no sorrisos nas atitudes.

Cada palavra é como um doce acorde de piano soando em mim, me embalando no ritmo das batidas dos nossos corações juntos, me arrepia o seu jeito de me olhar e de sussurrar no meu ouvido, e sempre aparece um sorriso dali ou daqui, meio tímido ainda, mas verdadeiro.

Com tão pouco já descoberto, e tanto para explorar ainda sobre ele, esse mistério que entrou em minha vida, quero cada dia estar mais tempo, mais junto, mais e mais e mais, inevitavelmente mais, como isso pode ser ruim? como pode não dar certo?, como pode estar errado? impossível, pelo menos quero acreditar que vai ser perfeitamente como eu desejei pra mim, que vai ser permanente, durável, harmonioso, e eu vou caminhar para que seja, junto ao meu príncipe, de mãos dadas, colorindo nossos dias com alegria, carinho e muita sintonia.

"Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure."
Vinicius de Moraes




Só sei que nada sei, e acredito que dias bons estão por vir, uns melhores que os outros, havendo ou não tropeços o importante é não deixar que caia, e se cair um apoiará o outro levantar, construindo cada vez mais um algo que se expressa por uma pequena palavrinha singular comum e tão misteriosa de 4 letras, que se é sentida tão estranhamente no eu, na alma, no coração e nos atos. Minha felicidade é tão visível, tão transformadora, quanto a dele, quase chega a ser palpável, boba, inocente e criança, felicidade tolinha, te quero pra mim, alias agora te quero para nós dois, eu e ele, o meu pinguim que enfim me achou, felicidade e paz é o que eu ainda quero agora e sempre!


Sr. Pinguim João Paulo Reveles,  você me faz bem, te quero cada dia mais, obrigada por esses sorrisos tão sinceros, eu quero te fazer MUITO feliz! 

terça-feira, 24 de maio de 2011

A Phoenix

Procuro no breu um algo que o mundo esqueceu guardou em livros empoeirados pelas estantes de cedro tão sabias, nas lindas histórias com Romeu, escondeu de nós no museu ali na onde eu já nem passo mais, por não acreditar que ainda possa em alguma esquina encontrar o tão belo sentimento que foi tomado pela escuridão tão fria e cruel, sem compaixão, sem afeto, calculista, afogou aquele brilho que movia o mundo e embalava as noites parisienses com seus casais tão cheios de virtude em passeios pelas graciosas praças antigas, a escuridão massacrou e pisou, o ser humano matou o que jamais poderia ser morto e esquecido pelos corações, virou as costas pro belo e abriu espaço para o incerto, preferiu na mágoa viver que no amor se refugiar.

Mas eu sei que ele há de estar onde eu hei de passar e por acaso ele vai despertar , em mim e em você, nos olhos, no sorriso, no abraço, no peito, na alma, ele há de brotar, tocar a todos e renascer como uma linda Phoenix, encharcar a face da terra para colorir novamente os jardins, e aqui eu hei de estar ansiosa a lhe esperar!

domingo, 22 de maio de 2011

A borboleta azul, SONHAR.

Fugir, caminhar até onde eu sozinha possa ir, junto ao vento e ao sol, esquecer tudo o que deixei para traz, queria ter asas pra voar o mais alto possível junto ao pôr do sol, como uma borboleta azul perdida no oceano, ao naufrago de suas vontades próprias, de seus demasiados sentimentos, de sua ânsia por liberdade, faminta de felicidade, em busca de um sorriso sincero para colorir de novo cada amanhecer.

Se pra ser feliz é preciso antes por em prova toda a paciência que se possa ter, toda tristeza que as veias cardíacas suportariam, o quanto do peso deste mundo podemos carregar nas costas sozinhos, provar quantas lágrimas são precisas para encharcar o chão daquele quarto escuro onde se esconde do mundo, se for preciso tudo isso  para um dia quem sabe ser feliz de verdade, eu vou suportar, não vou desistir, vou acreditar nesse final feliz, pois toda borboleta uma hora encontra seu oásis depois do temporal, e repousa singela entre as flores, compondo a bela cena colorida e cintilante de um dia feliz daqueles que só em filmes de romance são possíveis. Eu tenho que acreditar que é possível, só assim me acalmo, só a espera, o procurar, o construir este belo futuro pode me tranqüilizar, de que esses dias ruins vão acabar, e essas duras lágrimas de pesar cessarão e uma linda borboleta a colorir o meu jardim, feito de bromélias, rosas e tulipas de todas as cores, colocará um grande sorriso bobo em meu rosto e devolverá o brilho dos meus olhos.

Ah minha borboleta onde está você? me pendure em suas enormes asas azuis tão brilhantes que ofuscam o sol, e me leve daqui, vôe rumo ao anoitecer, vamos nos despedir do sol ali deitando-se no horizonte, vamos abraças a lua ali no céu, tão perto de nós, tão real quanto a felicidade que você me traz, dance comigo mais esta linda canção...


"Meu amor essa é a ultima oração, pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa. Cabe o meu amor!  
Cabe três vidas inteiras, cabe em uma penteadeira, cabe nós dois, cabe até o meu amor!."


Se embale comigo neste clima surreal, sorria para mim, vamos iluminar esta noite fria, vamos clarear este dia, nos esquentar nessa proteção que os sentimentos nos dão.

Minha linda borboleta seu nome é amor, tem cara de liberdade, cheiro de felicidade, seu toque me acalma, sua voz cala a fúria do meu coração, seu olhar me protege e me guia, me balance em suas asas e traga de volta o que achei que tivesse perdido, vôe minha linda borboleta e me encontre aqui, estou a te esperar, cantando para você me achar nesse imenso oceano cujo codinome é sonhar!

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Pôr do Sol

Certo dia me peguei passeando por ai ao pôr do sol, em um daqueles dias silenciosos, que você não quer pensar em nada, apenas sentir o silencio, despercebida dos olhares ao redor, caminhei entre as arvores, nas sombras dos flamboyants sentindo de leve o vento morno, de fim de tarde, acariciar meu rosto e remexer meu cabelo, singelo ao toque, e então respirei fundo, fechei meus olhos e me senti ali solta no tempo, no espaço, desprendida desse mundo, como um grão de areia no imenso oceano, como poeira perdida no vento, pequena de mais perto de tanta nostalgia, momento enlouquecedor e viciante, ilicito a mente, inexplicável um momento assim, poucos corpos no mundo compartilham desses segundos estranhos, é como se a alma do mundo, da natureza se conectasse a minha alma, e em consciência elas se abrasassem forte e macio, e num sopro de nostalgia se beijassem, sinto um calafrio, mas um calafrio bom, reconfortante, viajo num plano interior, imersa em nada, e em tudo que se possa sentir de bom, que te leva pra longe de tudo e de todos, te jogando em um espaço físico inexistente, que só você sente e compreende mas não explica. Sozinha, pequena, perdida, sem uma mão pra guiar abraçar forte. As cores deste pôr do sol tão brilhantes, enchem meus olhos de lágrimas e a alma de poesia do tempo, da mente, do coração, de vazio sem sentido.

Os olhos falam pelo que meu corpo não sabe expressar, singela lágrima arrancada da alma sem motivo aparente, ou com todos motivos possíveis, nunca se sabe o que a alma do tempo astral quer de você, ela simplesmente abraça e te conforta, tira de você tudo que te ligue a esse mundo e te joga na realidade, sentada no banco em meio as arvores e no horizonte um sol se despedindo, dando lugar a lua de prata brilhante nascendo ao longe, ainda distante de mais, com poucos raios de sol e o vento macio morno, silencioso me cortando de saudade do querer alguém ali comigo pra partilhar desta nostalgia mágica da alma, a dança do coração, correr livre de mãos dadas a alguém que compartilhe deste mesmo anseio de vida, de vitalidade. 

O vento me assoviou lembranças, saudades, e vontade de ter alguém novo, diferente, explorar o desconhecido, ele disse pra mim ir em frente procurar na imensidão, alguém de mesma alma vazia de alguém e cheia de um eu diferente, que aspire sonhos malucos de criança, e cheio de coragem pra enfrentar o desconhecido, o vento soprou no meu ouvido que não é fácil de achar, mas esperando com paciência e sorriso no rosto, é mais fácil perceber quando este alguém chegar. Em quanto isso, despesa-se do sol, de oi para as estrelas faiscantes la no céu, sinta o vento, deite na grama, olhe a chuva cair, faça silencio, escute o coração, deixe a alma dizer e seja feliz. É o que eu quero, é o que sinto, é o que eu procuro, é o que eu anseio e espero feliz, até encontrar, aquele abraço nostálgico que vai me confortar.